28 de mar. de 2012

Encontro do Século - CAP. 117



No capítulo anterior...
Beija questiona se o verdadeiro motivo de Motta não é o ciúme
Ele não responde e a acusa de ter prazer no sofrimento dos homens
Beija diz que Motta a transformou numa pessoa cruel
A discussão continua e não leva a nenhuma conclusão
Chalaça questiona Pedro sobre se envolvimento com Beija
Pedro reafirma sua paixão e diz que vai surpreender a amada

CAP. 117

Chalaça bem que tenta extrair alguma informação sobre a tal surpresa, mas Pedro não dá nenhuma pista.

PEDRO: Ora, Chalaça, curiosidade é uma virtude feminina...
CHALAÇA: Não, é que, do jeito que falou, fiquei imaginando mil coisas...
PEDRO: Pois não imagine nada, apenas aguarde.

Pedro se diverte com a situação, enquanto Chalaça demonstra frustração por não ter saciado sua curiosidade.

Enquanto isso continua a discussão...

MOTTA: Você deveria acatar a minha sugestão porque é o melhor para nós dois.
BEIJA (irônica): O melhor para você, está querendo dizer, não é mesmo, Ouvidor Motta? (séria) Só que os seus dias de Ouvidor terminaram... E os meus de “Moça do Ouvidor” também. Hoje sou uma mulher livre, faço o que tenho vontade, compreende?
MOTTA: Perfeitamente. Mas já que não quer compreender-me, não terei alternativa que não obrigá-la a ir embora.
BEIJA: Obrigar-me, Motta? Como? À chibatadas? Não, Dr. Motta, eu não sou uma negra fujona. Não tenho senhor. E se quer saber, tenho alguém que zela por mim. Caso o senhor insista nesta perseguição, não hesitarei em recorrer a D. Pedro. Aí sim, tudo que o senhor teme vir à público, poderá vir de uma maneira muito mais rápida do que imagina...

Motta anda de um lado para outro, inconformado.

Na cozinha, as escravas cuidam dos afazeres, mas com o ouvido ligado na conversa da patroa.

FLAVIANA: Que será que o Sinhô Motta tá fazendo aqui?
SEVERINA: Eu não faço a menor idéia, mas coisa boa para a Sinhá não dever ser... O Ouvidor não queria que ela viesse para o Rio de Janeiro de jeito nenhum.
FLAVIANA: E porque a Sinhá teimou e veio?
SEVERINA: Porque ele não manda mais em Dona Beija. Não é o dono dela. Depois de tudo que o Dr. Motta lhe fez, a Sinhá tinha o direito de recomeçar sua vida.
FLAVIANA: Eu ouvi. Veio mandá a Sinhá ir embora da cidade. Hôme casado é assim: eles qué vivê no desfrute, mas nunca qué que as esposa fique sabendo...
SEVERINA: Se for isso, espero que Dona Beija seja forte e resista.

Corta para a sala. Bate à porta. (instantes) Bate novamente.

Beija fica apreensiva.

Continua amanhã...

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