11 de mai. de 2012

Encontro do Século - CAP. 155



No capítulo anterior...
Pedro não resiste e procura Beija
Ele se admira com sua gravidez de 8 meses
Pedro diz que a ama e que sente sua falta
Beija se faz de indiferente e ignora seus sentimentos
Pedro desconfia que seja o pai da criança e insiste
Para feri-lo Beija diz que o pai é o Ouvidor Motta

CAP. 155

PEDRO (irado) Então aquela história de chantagem era apenas para me enganar, não era Beija? Você e aquele canalha do Motta estavam me chifrando há muito tempo... Era ou não era?
BEIJA: Eu lhe contei toda a verdade. Não omiti uma única vírgula. Não havia caso nenhum com Motta. Odeio aquele homem e só me deitei com ele por medo de perder você. A gravidez foi um infortúnio... Uma infelicidade.
PEDRO: E porque não tirou esse filho?
BEIJA: Acha que sou uma mulher capaz de uma desumanidade dessas? Essa criança não tem culpa nenhuma pelos caminhos tortuosos de seus pais e tem todo direito de vir ao mundo. Estou disposta a fazer o que for preciso para criá-la com toda a dignidade que merece.
PEDRO: Você quem sabe. (pausa) Acho que fiz mal vindo aqui. Deveria ter ficado quieto no meu canto. Mas foi bom pra eu tirar essa história da minha cabeça de uma vez por todas.
BEIJA: Está certo, Pedro. Você escolheu seu caminho. Agora siga-o. Não dá mais para voltar atrás.
PEDRO: Adeus, Beija!

O príncipe desce rapidamente as escadas, monta no cavalo e sai em disparada pela estrada. Logo a escrava adentra a sala.

SEVERINA: A Sinhá não foi muito dura com ele?
BEIJA: Bem menos do que o que merecia... Não lhe disse que guardaria a história das orgias nas tavernas para usar na hora certa? Quando veio me cobrar fidelidade, atirei-lhe tudo em rosto... Ele mudou de assunto, mas no fundo entendeu muito bem...
SEVERINA: Mas, Sinhá, e se D. Pedro a amar de verdade? A Sinhá não estaria perdendo uma chance de voltar a ser feliz?
BEIJA: Se me ama de verdade terá de provar isso, aceitando a mim e a um filho supostamente de outro. Sim, porque não vou lhe contar que é o pai da criança. Já pensou, Severina, se ele resolve tomar o meu bebê?
SEVERINA: Deus nos livre e guarde, Sinhá. Melhor que continue pensando que o filho é do Dr. Motta...
BEIJA: Perco o pai, mas não perco o filho, entende?
SEVERINA: Nhá sim.

Corta para o gabinete do Príncipe no Paço Real.

PEDRO: Você é mesmo um canalha, Motta! Não lhe disse para ficar longe de Beija?
MOTTA: Quando ordenou isso Beija e eu já estávamos tendo um caso há algum tempo. Além do mais, Alteza, conheci Beija muito antes. Se alguém tem algum direito sobre ela, esse alguém sou eu.
PEDRO: Canalha! (e dá um soco forte no rosto de Motta) Se tem tanto direito assim sobre Beija, então assuma o filho que ela está esperando!

Nisso Veridiana, a esposa de Motta, adentra a sala, ouvindo apenas a última frase. E xereta que é, quer logo saber do que se trata.

VERIDIANA: Filho? Que filho, Alteza?
PEDRO: O filho que Motta terá com Dona Beija!

Continua amanhã...

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