6 de jul. de 2012

Encontro do Século - CAP. 203



No capítulo anterior...
Domitília dá à luz o filho homem que tanto deseja
Alguns meses se passam
Seu pai não concorda que ela use o filho para conquistar seus objetivos
Chalaça aconselha Pedro a dar atenção à Leopoldina
A Embaixatriz orienta Leopoldina a exigir a retirada de Domitília
Domitília cobra de Pedro o registro do filho

CAP. 203

PEDRO: Titília... Eu aqui comemorando uma coisa muito maior, muito mais importante e me vem com esse assunto?
DOMITÍLIA: Acontece, Pedro, que o que para você é absolutamente insignificante, para mim é absolutamente importante. Veja situação dos nossos filhos, não podem sequer serem batizados porque não foram registrados. Preciso que resolva essa situação.
PEDRO: Tem noção do problema que pode me causar o registro dessas crianças? Seria melhor que continuasse tudo como está. Não lhes dou o sustento? Não lhes dou o carinho necessário? Porventura falta alguma coisa a Isabel Maria e ao pequeno Pedrinho?
DOMITÍLIA: Não falta, Pedro, mas falta o sobrenome do pai. Falta o batismo na igreja. Se não se importa em dar o real valor aos seus filhos, eu me importo. Gostaria muito que Maria isabel fosse educada na Corte, junto dos meio irmãos. Isso seria muito bom pra ela.
PEDRO: Até certo ponto entendo sua preocupação, mas não creio que haja motivos para tanto...
DOMITÍLIA: Pedrinho é seu filho legítimo, de sangue e tem os mesmos direitos que os filhos da Imperatriz. Aliás, se não se lembra, nosso Pedrinho é mais velho que o Pedrinho de Leopoldina, algumas semanas, mas é. Se um dia houver uma sucessão no trono, meu filho é o legítimo herdeiro. É por esse direito que luto.
PEDRO: Está bem. Prometo estudar esse assunto com calma e lhe dar uma resposta o mais breve possível.

A conversa azeda o clima e Pedro acaba não anunciando sua boa nova.

Corta para os jardins da Quinta da Boa Vista. Num momento de empolgação Pedro e Domitília se entregam à paixão e se beijam. Da sacada Leopoldina assiste a tudo indignada, porém passiva. Ela se recolhe ao aposento e chora amargurada.

Dias Depois...

Pedro presenteia Domitília com uma bela mansão nos arredores da Quinta da Boa Vista.
Uma grande festa marca a inauguração da bela propriedade. Ali se faz presente toda a nobreza, com seus muitos títulos. Pedro faz uso da palavra.

PEDRO: Meus amigos, é um grande prazer recebê-los nesta aprazível residência. Sei que muitos estão curiosos e até agora não entenderam nada. Mas hei de lhes explicar no momento oportuno. Agradeço por terem aceitado meu convite. Esta residência pertence, de fato, a dona Domitília de Castro Canto e Melo, que a partir de hoje se tornará mais conhecida como a Marquesa de Santos.

Um “oooohhhhh” de espanto ecoa pela sala.

DOMITÍLIA (em estado de êxtase): Marquesa? Eu?
PEDRO (ao pé do ouvido): Sim. Um presente para mãe do meu herdeiro.

Corta para outro momento da festa.

Domitília circula pelo salão recebendo os cumprimentos de todos. De repente se depara com Beija.

DOMITÍLIA (contrariada): O que a senhora faz aqui? Quem a convidou para invadir a minha casa?

Continua amanhã...

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